Afinal, é preciso falar italiano para obter a dupla cidadania?

Solicitar a dupla cidadania é um processo que envolve muitas etapas, mas será que falar italiano está entre elas?

Essa é uma pergunta que gera muito debate entre aqueles que estão na jornada pela conquista do passaporte europeu.

Apesar de alguns ítalo-brasileiros conhecerem algumas expressões e dialetos em italiano, eles acreditam que esse conhecimento não é o suficiente para serem aprovados em um exame de proficiência.

Se você também tem a mesma dúvida, leia este artigo. Vamos explicar como a solicitação da cidadania europeia funciona e se é preciso mesmo falar italiano para consegui-la.

Não sei falar italiano. Posso solicitar a cidadania?

Provar o seu conhecimento no idioma italiano não está entre os pré-requisitos para conseguir a sua dupla cidadania por meio jus-sanguinis.

Jus sanguinis é uma expressão em latim que significa "direito de sangue".

No contexto da cidadania italiana, o jus sanguinis é um princípio legal que determina que uma pessoa pode adquirir a cidadania italiana com base na ascendência de sangue.

Ou seja, por ter pelo menos um antepassado italiano direto, como pai, avô, ou bisavô, que era cidadão italiano.

Jus sanguinis: o que isso significa na prática?

A cidadania italiana pode ser transmitida de geração em geração, mesmo que os descendentes não tenham nascido na Itália, desde que possam comprovar sua ligação genealógica com um cidadão italiano.

Ou seja, ser um descendente direto de italiano e demonstrar o vínculo por vias documentais já é o bastante para ter a sua cidadania reconhecida.

Entretanto, o processo de reconhecimento da cidadania italiana não é simples e requer a coleta de uma variedade de documentos.

Por essa razão, é aconselhável buscar a assistência de uma empresa especializada para iniciar todas as etapas necessárias.

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Pedidos de naturalização italiana

A naturalização se aplica para pessoas que não possuem vínculo direto com italianos em sua árvore genealógica, como acontece em pedidos de cidadania por matrimônio ou por residência.

A regra da naturalização é válida para quem inicia o processo do Brasil ou para quem já está morando na Itália.

O Decreto Salvini determina que a naturalização requer proficiência básica em italiano.

Isso quer dizer que, para quem deseja se naturalizar italiano, saber falar o idioma será essencial para dar andamento na solicitação.

Critérios para os pedidos de naturalização

O requerente deverá apresentar o nível B1 e demonstrar que é capaz de se expressar em italiano de uma maneira simples e coerente.

O certificado emitido pelas escolas autorizadas, será um dos documentos anexados ao processo do requerente.

Além disso, é importante ressaltar que o governo da Itália não concede a cidadania para quem possui uma união estável.

O cônjuge deve provar a união com o cidadão italiano com documentos emitidos pelas autoridades governamentais da Itália.

A união deve ter pelo menos 3 anos para casais sem filhos. O tempo cai pela metade, ou seja, um ano e meio, para casais com filhos.

Também, não poderá ter antecedentes criminais em nenhum país que residiu.

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Quais são os exames de proficiência aceitos no processo de naturalização?

Existem vários exames reconhecidos pelas autoridades italianas.

Vamos conhecer alguns deles?

CELI, Certificato di Conoscenza della Lingua Italiana

O CELI  é elaborado e avaliado pela Università per Stranieri di Perugia, de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR).

O requerente será avaliado em diversos âmbitos, como leitura, produção de textos, interpretação da linguagem, compreensão auditiva e pronúncia.

O exame é aplicado nos seguintes locais: Campinas (SP), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Recife (PE), Curitiba (PR) e Nova Lima (MG).

Os resultados são reconhecidos no mundo todo e não possuem prazo de validade.

CILS, Certificazione di Italiano come Lingua Strangiera

Como o nome sugere, o CILS  é aplicado para quem não possui o italiano como primeira língua, sendo organizado e avaliado pela Università per Stranieri di Siena.

No Brasil, a aplicação do teste acontece duas vezes por ano, em junho e em dezembro, em mais de 30 locais.

A prova visa avaliar o aluno em sua capacidade de falar italiano em termos de comunicação e linguagem, com questões que abrangem ortografia, gramática e compreensão oral e escrita.

Como existem outros exames de proficiência, como o PLIDA – Progetto Lingua Italiana Dante Alighieri, o requerente pode escolher aquele que mais se adapta às suas necessidades.

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Agora você sabe que não falar italiano,dependendo do caso, não é um impeditivo para obter a sua cidadania.

Ficou com alguma dúvida? A equipe da Nostrali  está pronta para te ajudar, compreender o seu caso e te orientar da maneira mais adequada.

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