Poder de compra: veja uma comparação entre Brasil e Itália em 2024

Em 2024, o poder de compra entre Brasil e Itália continua a mostrar grandes diferenças na maioria dos produtos. Os motivos para isso são vários, como a instabilidade econômica, social e cultural entre os dois países.

Enquanto algumas compras podem ser feitas com poucas horas de trabalho na Itália, outras demoram semanas no Brasil, com base no salário mínimo de cada país: R$1412 no Brasil e 900 euros na Itália.

Se você alguma vez já sentiu curiosidade em saber mais a respeito do poder de compra entre Brasil e Itália, chegou ao conteúdo certo. Confira o comparativo que a Nostrali preparou com relação a produtos básicos nos dois países.

Conteúdo

1. Roupas

2. Alimentos

3. Automóveis

4. Eletrônicos

5. Eletrodomésticos

6. Análise do poder de compra

7. Desfrute do que a Itália tem de melhor

Roupas

O primeiro item da lista de comparativos é o vestuário. Para analisar o poder de compra entre Brasil e Itália, vamos considerar o valor médio de uma peça com o básico de qualidade, sem considerar marcas.

Veja o comparativo entre os dois países:

Brasil

No Brasil, uma calça jeans custa em média R$200. Para comprar esta peça, um trabalhador que recebe o salário mínimo de R$1412 no Brasil precisaria trabalhar cerca de 28,4 horas.

Esse valor considera uma jornada de trabalho de 220 horas mensais (o que equivale a aproximadamente R$6,42 por hora trabalhada).

Itália

Na Itália, uma calça jeans de boa procedência custa em média 70 euros. Com o salário mínimo de 900 euros mensais, e uma jornada de trabalho de 160 horas mensais (aproximadamente 5,63 euros por hora).

O trabalhador italiano precisaria trabalhar cerca de 12,4 horas para adquirir a mesma peça. Isso são 16 horas a menos do que seria necessário no Brasil.

Alimentos

O custo com alimentação é uma das necessidades básicas para viver. No Brasil, é comum a inflação jogar os preços uma hora lá em cima e em outra baixarem.

Será que na Itália o mesmo está acontecendo? Confira a comparação abaixo:

Brasil

Um quilo de arroz branco custa em média R$7. Para comprá-lo, o trabalhador brasileiro precisa trabalhar aproximadamente 0,78 horas, ou seja, menos de uma hora por dia.

Já um quilo de carne bovina de primeira custa em média R$40, exigindo cerca de 6,23 horas de trabalho para o brasileiro.

Itália

Na Itália, um quilo de arroz custa em média 1,2 euros, exigindo aproximadamente 0,21 horas de trabalho para ser adquirido. Por mais que sejam tempos aproximados, na Itália ainda demora menos.

Com relação ao quilo de carne bovina de primeira, o preço médio nos supermercados custa cerca de 15 euros, necessitando de 2,66 horas de trabalho para fazer a compra.

Automóveis

Os automóveis já se tornaram parte do dia a dia das pessoas em todos os lugares do mundo. As jornadas de trabalho cada vez mais pesadas e, com isso, a falta de tempo para outras atividades, impulsionam a necessidade de economizar horas do dia com deslocamento.

Saiba quantas horas de trabalho você precisa para comprar um carro popular no Brasil e na Itália:

Brasil

Um carro popular no Brasil custa em média R$70.000, considerando que ele seja 0km. Para comprá-lo, um trabalhador brasileiro que recebe o salário mínimo precisaria trabalhar aproximadamente 10.905 horas.

Considerando a jornada de trabalho de 220 horas mensais, isso significa que, caso o carro fosse pago à vista, seria necessário o salário mínimo de 49 meses - ou 4 anos e 1 mês.

Itália

Na Itália, um carro popular 0km pode ser encontrado por cerca de 16.000 euros. Com o salário mínimo italiano em 900 euros, um trabalhador precisaria trabalhar cerca de 2.841 horas para adquirir o veículo.

Esta é, possivelmente, uma das diferenças mais gritantes entre o poder de compra brasileiro e italiano. Enquanto no Brasil o mesmo carro levaria 4 anos e 1 mês para ser pago com o salário mínimo, na Itália isso representaria apenas 18 meses - ou 1 ano e meio.

Eletrônicos

Os eletrônicos, assim como os automóveis, também são parte essencial no dia a dia das pessoas. Seja pela facilidade de comunicação e interação com conteúdos ou por trabalho, smartphones, notebooks e outros aparelhos são insumos básicos para o mundo digital.

Veja uma comparação de preços e poder de compra para aparelho celular: 

Brasil

Um smartphone de última geração custa em média R$4.000. O trabalhador brasileiro, com o salário mínimo de R$1412, precisa trabalhar cerca de 623 horas para comprá-lo - 3 meses.

Itália

Na Itália, um smartphone de última geração custa em média 1.200 euros. O trabalhador italiano precisa trabalhar 213 horas para adquiri-lo, ou um mês e meio - metade do tempo.

Eletrodomésticos

Eletrodomésticos como geladeira, fogão, microondas, forno elétrico, entre outros, são itens comuns nas cozinhas dos brasileiros. O valor, no entanto, costuma ser um pouco salgado nas lojas brasileiras para itens de boa qualidade.

Brasil

Uma geladeira razoável custa em média R$2.500 no Brasil. Ganhando apenas um salário mínimo, o brasileiro precisa trabalhar aproximadamente 389 horas para comprá-la. Isso são quase 2 meses, considerando a jornada de 220 horas.

Itália

Na Itália, uma geladeira similar custa cerca de 600 euros, exigindo cerca de 107 horas de trabalho. Na comparação, isso representa menos de um mês de trabalho.

Análise do poder de compra

A análise comparativa desses produtos básicos do dia a dia revela que o poder de compra na Itália é maior do que no Brasil. Prova disso é que, em todos os itens, a quantidade de horas trabalhadas na Itália é menor do que no Brasil, independente de quais sejam os bens e serviços.

A diferença é ainda mais notável em produtos de alto valor, como automóveis e eletrônicos, onde os trabalhadores italianos precisam dedicar praticamente metade do tempo para essas aquisições.

A principal pergunta que fica, portanto, é: qual a justificativa para um poder de compra tão desfavorável no Brasil em comparação com o país europeu?

Entre os fatores que contribuem para essas discrepâncias estão a diferença nos custos de vida, taxas de impostos, níveis de inflação e a estrutura econômica de cada país. Por exemplo:

- A Itália, como parte da União Europeia, tem uma economia mais estável e integrada, com menor volatilidade cambial e acesso a um mercado maior e mais diversificado.

- No Brasil, apesar do crescimento econômico em alguns setores, os desafios como a alta inflação, desigualdade de renda e carga tributária elevada impactam diretamente o poder de compra.

Além disso, o salário mínimo no Brasil tem uma relação mais desproporcional com relação ao custo de vida quando comparado com o salário mínimo italiano. Isso significa que com 900 euros na Itália é possível viver melhor do que com 1412 reais no Brasil.

Desfrute do que a Itália tem de melhor

Em 2024, a diferença no poder de compra entre Brasil e Itália permanece significativa como nos últimos anos. Os trabalhadores italianos conseguem comprar produtos e serviços essenciais com menos horas de trabalho em comparação com os brasileiros.

Essa disparidade reflete não apenas as diferenças salariais, mas também uma série de fatores econômicos e sociais que influenciam diretamente o custo de vida e o bem-estar das populações de cada país.

Depois de ler tudo isso, você sentiu vontade de buscar melhores condições de trabalho, estudo e moradia na Itália ou no restante da Europa? Saiba que com a cidadania italiana isso é possível.

Descendentes de italianos podem reconhecer sua dupla nacionalidade e desfrutar dos mesmos direitos na Itália e na União Europeia que um cidadão nativo.

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Perguntas frequentes sobre poder de compra

O que é poder de compra?

O poder de compra é o que determina a capacidade que uma população tem de adquirir bens e serviços usando uma unidade monetária como pagamento.

O poder de compra é melhor no Brasil ou na Itália?

Atualmente, o poder de compra na Itália é superior ao do Brasil. Em média, o trabalhador italiano demora metade do tempo para comprar o mesmo produto que o trabalhador brasileiro.