Turismo e serviços: desafios e perspectivas para a economia italiana

O Fundo Monetário Internacional (FMI) posiciona a economia italiana como a oitava maior economia do mundo, com um PIB estimado em 1,8 trilhão de dólares.

Se considerarmos a Europa, a Itália sobe para a quarta posição, atrás somente da Alemanha (3,4 trilhões de dólares), Reino Unido (2,6 trilhões) e França (2,5 trilhões).

Curiosamente, o Brasil tem o mesmo PIB que a Itália e enfrenta desafios econômicos bem parecidos.

Quais são eles? Bem, é isso que você vai descobrir neste artigo.

Quais são os desafios para o crescimento da economia italiana?

A economia italiana é muito importante para o equilíbrio global, pois é um dos principais motores de geração de riqueza na Europa.

Sendo assim, o valor do câmbio do Euro também reflete a força das atividades comerciais na Itália.

Porém, o país enfrenta os mesmos desafios comuns de outros países da Europa, tais como:

• Estagnação econômica ou queda do PIB nacional;

• Aumento da dívida pública;

• Taxa de desemprego elevada;

• Inflação e taxas de juros elevadas;

• Recuperação econômica lenta ou tardia no pós-pandemia;

• Diminuição da produtividade por conta do envelhecimento da população;

• Alta dependência de commodities, o que torna a geração de energia mais cara.

Muitos desses problemas que atrasam o crescimento da economia italiana são velhos conhecidos pelos brasileiros.

As maiores exceções são o envelhecimento populacional e os efeitos da Guerra da Ucrânia, que são muito mais presentes nas economias europeias.

Graças à força do Euro, a Itália consegue superar esses desafios, oferecendo uma qualidade de vida satisfatória para seus cidadãos.

Surpreendentemente, considerando os desafios da Europa, a Itália está surpreendendo economistas. O Istat, a agência de estatísticas do país, revelou um crescimento de 0,6% no primeiro trimestre de 2023, um número que ficou acima das expectativas.

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Quais são os pilares da economia italiana?

Conforme dados do The World Factbook, uma publicação anual da Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), a economia italiana está concentrada no setor de serviços, com 73,3% do PIB. A indústria corresponde a 24,7% e a agricultura, por sua vez, aos restantes 2%.

Vale ressaltar que a manufatura de automóveis é outro pilar importante da economia italiana, ocupando uma parcela considerável das exportações.

Além disso, a agricultura, que movimenta a economia do sul do país, é mais um ponto forte da Itália. Na Europa, a região do Mediterrâneo se destaca no cultivo de uvas, azeitonas, trigo, maçãs, laranjas, milho, arroz e leite.

Ainda na área da indústria, a produção de vestimentas e calçados impulsiona a economia italiana. A produção química e siderúrgica também merecem destaque.

No entanto, nada supera o turismo. Com o maior número de lugares reconhecidos como patrimônios da humanidade pela Unesco, os cidadãos italianos e os turistas globais movimentam as atividades econômicas no país.

Afinal, o turismo se relaciona fortemente com as áreas de hotelaria, alimentação, transporte e infraestrutura.

Considerando os efeitos da pandemia no turismo global, fica fácil entender o porquê da Itália ainda não ter recuperado os níveis de crescimento de 2019, um cenário que pode mudar no próximo ano.

A alta dependência do gás da Rússia para movimentar o setor de transporte no país é outro obstáculo para o crescimento econômico do país. Com suas grandes rodovias e ferrovias, a Itália é a segunda maior importadora mundial de energia elétrica.

Soma-se a isso a necessidade de a Itália importar commodities fundamentais para a geração de energia, como petróleo, carvão e ferro.

Com o conflito na Ucrânia, a situação italiana é muito delicada, mas o país tem boas perspectivas para 2024.

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Uma potência europeia: o futuro da economia italiana

O ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, acredita que a Itália vai surpreender o mundo no próximo ano e recuperar ou superar seus níveis normais de crescimento.

Ele também revelou planos para conter a inflação em 2024 de modo a atingir a meta de 2% por ano e diminuir a taxa de desemprego no país.

De acordo com a agência nacional de dados Istat, a desocupação na Itália chega a 7,6% e o índice está melhorando expressivamente nos últimos meses, ao registrar várias quedas consecutivas.

A Istat também revela que existem 25,51 milhões de pessoas com emprego formal na Itália, o maior número desde 2004.

Os dados são muito positivos e mostram que a Itália vive um dos seus melhores momentos após tempos turbulentos.

Quem está pensando em viver na Itália, a hora é agora. O país oferece qualidade de vida e um dos maiores índices de IDH no mundo, com uma economia resiliente.

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