O autêntico café italiano: o que o torna tão especial?

É impressionante como comidas ou bebidas podem compartilhar os mesmos ingredientes, mas serem tão diferentes dependendo do país em que são preparadas. Isso se aplica ao café italiano, que realça o sabor inconfundível do grão de uma maneira única na península itálica.

Você já se perguntou sobre o que torna o café italiano tão especial? Vamos revelar esses segredos aqui e agora.

O café italiano é diferente do brasileiro?

Para aqueles que se lembram das aulas de história brasileira, o café desempenhou um papel importante no desenvolvimento do país e já foi um pilar de sua economia. Naturalmente, os brasileiros nutrem uma paixão pelo grão.

Mas, sim, o café italiano é diferente do brasileiro em diversos aspectos, desde o modo de preparo até o sabor e a tradição que envolvem a bebida escura:

• O café italiano é geralmente preparado por métodos de extração, como a máquina de Espresso. A dose de café moído é compactada em um filtro e a água quente é pressionada através dele, resultando em um café curto e concentrado. No Brasil, o café é frequentemente preparado por métodos de infusão, como coagem ou café de filtro, suavizando o sabor do grão;

• Na Itália, a bebida é consumida em porções menores, geralmente em doses de 25 a 30 ml. No Brasil, o café é frequentemente servido em porções maiores, em xícaras enormes ou copos, originando o popular "café americano";

• O café é uma parte fundamental da cultura italiana. Os italianos tomam café várias vezes ao dia, acompanhado de um copo de água;

• O café italiano é também rapidamente consumido no balcão de cafeterias já os brasileiros tomam o seu café com mais calma, por conta da porção maior.

Embora o café italiano e brasileiro sejam diferentes em muitos aspectos, ambos têm um lugar especial em suas respectivas culturas.

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Os tipos de café italiano

Pizzas, massas, vinhos e queijos estão entre as especialidades culinárias do país da bota que se difundiram pelo mundo.

No entanto, ao longo desse trajeto, os preparos foram perdendo a identidade italiana que possuíam.

No caso da pizza, por exemplo, a versão italiana original é significativamente diferente, com sua massa fina e recheio de tomate intenso em cor e sabor. Esse é um efeito esperado e comum da globalização.

O mesmo fenômeno ocorre com o café italiano. Conhecemos suas versões, mas quando a bebida é apreciada na Itália, seu sabor é verdadeiramente peculiar.

Entre os tipos de café italiano, comuns nos cardápios dos restaurantes e padarias, citamos:

• Espresso: para quem gosta do sabor intenso do café moído e concentrado, essa é uma excelente opção. Por conta da água quente que passa o café com alta pressão, o Espresso até ganha uma textura aveludada na xícara. Por ser muito forte, apenas uma pequena dose sem açúcar é servida;

• Doppio: para os corajosos, essa versão é uma dose dupla de Espresso. Vale a pena ter essa experiência pelo menos uma vez na vida;

• Ristretto e Lungo: o primeiro é conhecido como “tiro curto”, um café que segue a receita do Espresso, mas com menos água, resultando em uma versão menor, ou “restrita” (por isso, chama-se assim). Já o Lungo leva mais água, sendo menos concentrado e mais suave;

• Macchiato: essa versão segue também a receita do Espresso, mas adiciona-se um pouco de leite vaporizado para suavizar o sabor, resultando em uma bebida menos concentrada e mais líquida

• Cappuccino: esse café italiano é dividido em três partes. Um terço é de café Espresso, somado a outro terço de leite vaporizado e uma camada adicional de espuma do leite. As proporções são iguais e a bebida é tradicionalmente consumida pela manhã.

• Mocaccino: um preparo que é quase uma sobremesa, esse café segue a receita do Cappuccino, mas usa-se chocolate quente e creme no lugar do leite puro;

• Latte Macchiato: servido em um copo alto de leite quente, com uma dose de Espresso na mistura. Em alguns lugares, você recebe os dois ingredientes separados e faz o preparo sozinho;

• Freddo: é o Espresso na versão com gelo;

• Decaffeinato: os italianos também consomem a versão sem cafeína, especialmente à noite;

• Corretto: é a versão do café italiano com álcool, geralmente uma pequena porção de licor ou brandy.

Lembre-se, na Itália, é tradição misturar a bebida com uma colher pequena, mesmo se você não colocar açúcar. Só não lamba a colher, pois o hábito é considerado falta de etiqueta.

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Café italiano: hábito e tradição

O hábito de adoçar o café e bebê-lo com leite é uma particularidade que está nas Américas. Na Europa, o café é uma bebida forte que deve ser bebida em uma pequena dose, e rápido, em pequenos goles, para não esfriar e perder o sabor.

Por isso, quando os ítalo-brasileiros visitam a terra da bota, sempre ficam surpresos com a pequena xícara de Espresso servida em docerias e restaurantes. Sim, se você não especificar o tipo do seu café, vai receber sempre um Espresso.

A bebida é normalmente acompanhada de sobremesas, croissant, panino (sanduíche) ou biscoito.

Além disso, redes globalizadas, como Starbucks, McCafé e Costa, são difíceis de encontrar da Itália, justamente porque o país prefere seguir a tradição quando o assunto é café.

Procure por “bares” no solo italiano, pequenos estabelecimentos familiares, e tenha a experiência autêntica.

Porém, não se esqueça de ser gentil com o barista, uma das profissões mais respeitadas na Itália. Não é preciso deixar gorjetas, mas, se você tem mau-humor matinal, cuidado.

Com a dupla cidadania, você pode fazer parte desta cultura e segui-la à risca. É uma maneira de oficializar a sua descendência e participar da tradição italiana, seja em relação ao café ou qualquer outra.

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